A minha entrada ao mundo do Parkour ocorreu devido ao meu impulso por sempre querer aprender mais movimentos “acrobáticos” e que desafiam o senso comum. No meu primeiro “treino”, um desconhecido apelidado de “Rachacuca” e um tal de Arthur Barros me passavam a, ainda pequena, experiência que tinham com a disciplina.
Meus domingos à tarde começaram a ser dedicados a essa nova e recente disciplina. Nossos treinos de início eram mais baseados em troca de experiências dos escassos praticantes, com suas outras modalidades, tais como basquete, lutas, ginástica olímpica, musculação etc. Tentávamos assimilar as técnicas dos poucos materiais disponíveis com nossas capacidades já adquiridas, treinamento ao tradicional método ‘tentativa e erro’. Ao passar do tempo, cresceu, em escala exponencial, o número de praticantes e também de informações disponíveis na Internet dos praticantes mais experientes. Com isso começamos a dar os primeiros passos no entendimento do Parkour e percebemos que a disciplina envolve mais do que apenas se movimentar.
Imanente ao desenvolvimento do corpo, desenvolvemos junto a nossa mente. Levei algum tempo para assimilar a grande importância de treinar e controlar a mente a meu favor, e hoje ainda me encontro nesse eterno desafio. Para executarmos um movimento fisicamente, você precisa, primeiro, executá-lo mentalmente. Ao analisar um obstáculo, passamos o movimento na cabeça várias vezes, tentando nos aproximar ao máximo da realidade. Em seguida nos concentramos e o realizamos. Podemos ter a mente como uma amiga ou inimiga, depende apenas da forma como você a trabalha. Concentração, autoconfiança, bom diálogo interior, fazem com que você fortaleça a mente junto ao desenvolvimento do corpo, permitindo dar um passo no seu desenvolvimento. É um trabalho sem limites que aprendi ao longo do treinamento. O corpo é apenas um instrumento da nossa mente!
Zelar pela saúde física e mental, assim como zelar pelos espaços de treino são outras questões que aprendi, também, em contato com a disciplina, assim como respeitar os limites dos companheiros e o seu próprio limite. Percebi então que aquela brincadeira de domingo nos permite desenvolver força, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, agilidade, cognição, reação, controle mental e, acima disso, permite também o desenvolver nosso caráter.
Apesar de todo esse desenvolvimento e aprendizado que o Parkour nos oferece, não teria conseguido chegar muito longe sem a ajuda dos meus grandes amigos e companheiros de treino. Parkour é uma atividade individual, você pode treinar sozinho, como faço às vezes em que preciso me concentrar melhor. Mas aqui também o espírito de equipe é importantíssimo. Quantas vezes pensei em desistir de algum desafio, mas escuto o Arthur dizendo: “Fái, féééi, você consegue!”, me incentivando sempre. Quando converso sobre as idéias do Parkour e treinamento com o Daniels e Conrad. Quando empolgo em fazer movimentos mais acrobáticos e o Cabral, Pedrão e o Matheuzinho estão sempre lá me ajudando a melhorar, polir cada vez mais as técnicas e me incentivando. Quando tenho longas conversas com o Bruno, me ajudando em momentos de dúvidas como um irmão mais velho. Quando encontramos com a Rafa para treinar e planejarmos as próximas etapas do PKMAX. Sem ela e o Bruno, possivelmente estaria até hoje apenas fazendo videozinhos e postando no Youtube, se já não tivesse deixado a disciplina.
Desenvolvi, sim, por muita persistência minha também. Mas sem a ajuda deles estaria longe do meu atual desenvolvimento, que ainda é jurássico. Cada um tem um objetivo diferente mesmo dentro de uma mesma equipe, porém um ajuda o outro a se aproximar do que quer mais para frente. E como também aprendi com eles, “Equipe” significa que todos têm uma função e todos os membros têm o mesmo grau de importância. Não há um líder fixo, mas sim um líder mais adequado para cada tipo de tarefa ou trabalho.
Esse é apenas um resumo de todo meu aprendizado. Obrigado a todos os meus amigos pelas constantes ajudas e incentivos que me deram e que, tenho certeza que continuarão sempre ao meu lado. Tentamos sempre alcançar um nível mais elevado, sempre colocando novos objetivos, mas o que importa não é bem o objetivo final, e sim a jornada, que seria muito mais difícil e sem graça sem essa grande amizade.
=)
- João Flávio
Meus domingos à tarde começaram a ser dedicados a essa nova e recente disciplina. Nossos treinos de início eram mais baseados em troca de experiências dos escassos praticantes, com suas outras modalidades, tais como basquete, lutas, ginástica olímpica, musculação etc. Tentávamos assimilar as técnicas dos poucos materiais disponíveis com nossas capacidades já adquiridas, treinamento ao tradicional método ‘tentativa e erro’. Ao passar do tempo, cresceu, em escala exponencial, o número de praticantes e também de informações disponíveis na Internet dos praticantes mais experientes. Com isso começamos a dar os primeiros passos no entendimento do Parkour e percebemos que a disciplina envolve mais do que apenas se movimentar.
Imanente ao desenvolvimento do corpo, desenvolvemos junto a nossa mente. Levei algum tempo para assimilar a grande importância de treinar e controlar a mente a meu favor, e hoje ainda me encontro nesse eterno desafio. Para executarmos um movimento fisicamente, você precisa, primeiro, executá-lo mentalmente. Ao analisar um obstáculo, passamos o movimento na cabeça várias vezes, tentando nos aproximar ao máximo da realidade. Em seguida nos concentramos e o realizamos. Podemos ter a mente como uma amiga ou inimiga, depende apenas da forma como você a trabalha. Concentração, autoconfiança, bom diálogo interior, fazem com que você fortaleça a mente junto ao desenvolvimento do corpo, permitindo dar um passo no seu desenvolvimento. É um trabalho sem limites que aprendi ao longo do treinamento. O corpo é apenas um instrumento da nossa mente!
Zelar pela saúde física e mental, assim como zelar pelos espaços de treino são outras questões que aprendi, também, em contato com a disciplina, assim como respeitar os limites dos companheiros e o seu próprio limite. Percebi então que aquela brincadeira de domingo nos permite desenvolver força, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, agilidade, cognição, reação, controle mental e, acima disso, permite também o desenvolver nosso caráter.
Apesar de todo esse desenvolvimento e aprendizado que o Parkour nos oferece, não teria conseguido chegar muito longe sem a ajuda dos meus grandes amigos e companheiros de treino. Parkour é uma atividade individual, você pode treinar sozinho, como faço às vezes em que preciso me concentrar melhor. Mas aqui também o espírito de equipe é importantíssimo. Quantas vezes pensei em desistir de algum desafio, mas escuto o Arthur dizendo: “Fái, féééi, você consegue!”, me incentivando sempre. Quando converso sobre as idéias do Parkour e treinamento com o Daniels e Conrad. Quando empolgo em fazer movimentos mais acrobáticos e o Cabral, Pedrão e o Matheuzinho estão sempre lá me ajudando a melhorar, polir cada vez mais as técnicas e me incentivando. Quando tenho longas conversas com o Bruno, me ajudando em momentos de dúvidas como um irmão mais velho. Quando encontramos com a Rafa para treinar e planejarmos as próximas etapas do PKMAX. Sem ela e o Bruno, possivelmente estaria até hoje apenas fazendo videozinhos e postando no Youtube, se já não tivesse deixado a disciplina.
Desenvolvi, sim, por muita persistência minha também. Mas sem a ajuda deles estaria longe do meu atual desenvolvimento, que ainda é jurássico. Cada um tem um objetivo diferente mesmo dentro de uma mesma equipe, porém um ajuda o outro a se aproximar do que quer mais para frente. E como também aprendi com eles, “Equipe” significa que todos têm uma função e todos os membros têm o mesmo grau de importância. Não há um líder fixo, mas sim um líder mais adequado para cada tipo de tarefa ou trabalho.
Esse é apenas um resumo de todo meu aprendizado. Obrigado a todos os meus amigos pelas constantes ajudas e incentivos que me deram e que, tenho certeza que continuarão sempre ao meu lado. Tentamos sempre alcançar um nível mais elevado, sempre colocando novos objetivos, mas o que importa não é bem o objetivo final, e sim a jornada, que seria muito mais difícil e sem graça sem essa grande amizade.
=)
- João Flávio